sábado, 20 de novembro de 2010

PALHAÇADA DO CIRCO POLÍTICO NACIONAL

Para mim é um facto que a classe política em Portugal é uma grande palhaçada, com cerca de 90% (média calculada por mim e a dedo) dos políticos como palhaços repletos de infelicidades e faltas de humor, ou seja, um conjunto de elementos dignos de um filme do Frederico Fellini e de um circo deprimente e decadente. Os bons já saíram e estão para sair mais alguns. Os que ficam não deixam entrar os novos e potenciais bons... circulo viciante e minado.

Facto é também que este espectáculo triste é contagiante para os que não desenvolveram o intelecto e se excitam ao assistir à aterragem de um 747 do presidente americano, ou com a passagem dos seus carros blindados. Excitam-se também com as escoltas e todo o aparato que o evento da OTAN impõe e com cobertura ultra extensiva por canais que não são noticiosos. Gostaria de explicar para esse "inintelectos" que o avião serve para transporte, os carros blindados por ser o homem com a cabeça mais a prémio do mundo e as escoltas para a necessidade de se sentirem importantes (isto porque ter 20 escoltas é um exagero...) e de chegarem sem problemas aos objectivos.

Mas existe algo que me irrita com profundidade, parece que a crise já não existe, pelo menos durante 4 dias, digno de uma grande palhaçada do circo político nacional. O hábito de tornar qualquer evento político num big brother de entretenimento é vergonhoso e que seja um factor cultural enraizado no nosso país é escandaloso. Resolver a crise ou pensar nela não... isso não.... não pode ser.... isso significaria que teríamos de desenvolver o intelecto, teríamos de deixar entrar os potenciais bons, teríamos de deixar de nos interessar tanto pelos big brothers de entretenimento. Seria péssimo, pois a melhor forma de corromper e roubar é manter o estado intelectual do país extremamente baixo, assim como estupidificar o seu povo através de uma educação ultra-insuficiente.

Não gosto, nunca gostei e nunca gostarei de palhaços... não me fazem rir nem me sentir bem.