terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SOU POSITIVISTA, PORQUE ACREDITO!

Sou positivista.
Mesmo que não acreditem em mim ou no que digo, sou positivista.
Sou-o pela simples razão de estar aqui a escrever sobre o que penso ir de errado e mal naquilo que vejo e vivo. Ao escrever é porque acredito poder ser mudado, alterado, rectificado ou ajustado, é porque penso haver por aí uma vontade adormecida que no fundo quer juntar-se a outras vontades e mudar, alterar, rectificar ou ajustar. Acredito que existe outra via, outra solução. Acredito que a humanidade ainda não se perdeu por completo. Acredito porque mesmo estando o País e o Mundo há anos no caminho errado, esse caminho encontrará sempre um cruzamento ou bifurcação que permitirá seguir outro caminho, outra nacional, outro IP, outra autoestrada. Acredito porque a humanidade é feita de emoções, crenças e que a própria existência exige equilíbrio, logo existe o bem. É nesse equilíbrio que acredito. Mesmo que diga mal, sou positivista.
Sou positivista, porque acredito.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Acusado de Negativismo?!

És um "Bota abaixo... sempre a dizer mal...". Sim sou e existe uma razão, ou antes, milhares de razões. Prefiro apontar e acusar o que está errado do que me vangloriar do que está bem ou viver a glória dos outros como se fosse minha e estivesse tudo bem a partir daí. Isso é o que já fazemos, quando um português tem sucesso ( que é dele e mais ninguém) tratamos como se fosse nosso e somente por o sujeito ser português... é a pequinês tacanha que vive à séculos este País. Mas para que não me acusem de ser somente negativista, "bota abaixo" ou dramático, vou falar (escrever) bem.

Hoje fiquei muito admirado e muito positivamente. Este fim-de-semana estive em Lisboa em trabalho e regressei hoje ao Porto (05 Dezembro). Dadas as condições atmosféricas optei por vir pela A8, de seguida A17 e por fim pela A1 de Aveiro até ao Porto (podia ter vindo pela A29 no final mas ficaria muito mais feliz se o fizesse). Vim pela A8 e A17 para evitar trânsito e poder fazer uma viagem mais tranquila. Depois de pagar a portagem da A17, 500 metros logo á frente passei por outra portagem mas era das novas colocadas nas SCUTS (Agora pagas) e adorei, sim, porque agora já tenho via verde e vai direitinho à minha conta bancária. Foi logo 1,00€ e até entrar na A1 passei por mais 4 portagens de 0,65€ + 0,65€ + 0,65€ + 0,25€ - no total foram 3.20€. Fixe, muito bom e fiquei feliz por fazer o nosso primeiro ministro mais 3,20€ feliz. Sim, feliz, tão feliz que não percebo como conseguem viver os lisboetas com os seus +-1.000KM não porteados... devem estar absolutamente infelizes e tristes... imaginem só se tivessem no IC19, A2, EIXO NORTE SUL, IC16, IC17, CRIL e A8 portagens como temos nós aqui na zona Norte, os milhões de € de felicidade que podiam dar ao nosso ministro superior que é tão bom e tão bem nos faz, tal como os anteriores, todos umas jóias de pessoas e bem formados que são. Estamos bem e no bom caminho, pagamos o justo. As obras públicas não custam assim tanto e nunca derrapam, o que acontece é o enorme altruísmo do governo em dar mais e pagar ainda mais justo. Os prémios dados são sempre justos e até acho pouco assim como concordo totalmente estar a passar agora pelas portagens e ser atendido por máquinas, sim máquinas, onde sou eu que faço tudo e no final falam comigo a desejar boa viagem (Feliz por ver a brisa a reduzir milhares de postos de trabalhos e ter mais lucros). Somos sempre dinâmicos e unimo-nos sempre em prol do país e da comunidade. Somos educadíssimos e com um grau cultural elevadíssimo. Somos muito bem instruídos e estamos preparados para qualquer adversidade. Choca-me os que falaram mal dos carros blindados que chegaram depois da cimeira da OTAN/NATO, não percebem nada... se chegassem antes, ficariam sujos daquela tinta vermelha espalhada pelos manifestantes pacifistas... dahhhh?!. Tantas coisas boas mais havia para dizer (escrever)...

Fixe pá, porreiro pá.

sábado, 20 de novembro de 2010

PALHAÇADA DO CIRCO POLÍTICO NACIONAL

Para mim é um facto que a classe política em Portugal é uma grande palhaçada, com cerca de 90% (média calculada por mim e a dedo) dos políticos como palhaços repletos de infelicidades e faltas de humor, ou seja, um conjunto de elementos dignos de um filme do Frederico Fellini e de um circo deprimente e decadente. Os bons já saíram e estão para sair mais alguns. Os que ficam não deixam entrar os novos e potenciais bons... circulo viciante e minado.

Facto é também que este espectáculo triste é contagiante para os que não desenvolveram o intelecto e se excitam ao assistir à aterragem de um 747 do presidente americano, ou com a passagem dos seus carros blindados. Excitam-se também com as escoltas e todo o aparato que o evento da OTAN impõe e com cobertura ultra extensiva por canais que não são noticiosos. Gostaria de explicar para esse "inintelectos" que o avião serve para transporte, os carros blindados por ser o homem com a cabeça mais a prémio do mundo e as escoltas para a necessidade de se sentirem importantes (isto porque ter 20 escoltas é um exagero...) e de chegarem sem problemas aos objectivos.

Mas existe algo que me irrita com profundidade, parece que a crise já não existe, pelo menos durante 4 dias, digno de uma grande palhaçada do circo político nacional. O hábito de tornar qualquer evento político num big brother de entretenimento é vergonhoso e que seja um factor cultural enraizado no nosso país é escandaloso. Resolver a crise ou pensar nela não... isso não.... não pode ser.... isso significaria que teríamos de desenvolver o intelecto, teríamos de deixar entrar os potenciais bons, teríamos de deixar de nos interessar tanto pelos big brothers de entretenimento. Seria péssimo, pois a melhor forma de corromper e roubar é manter o estado intelectual do país extremamente baixo, assim como estupidificar o seu povo através de uma educação ultra-insuficiente.

Não gosto, nunca gostei e nunca gostarei de palhaços... não me fazem rir nem me sentir bem.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PRINCIPIO DE PRESERVAÇÃO

Estive no último fim-de-semana em Espanha, de 2 a 5 de Outubro onde de carro percorri longos km e estacionei em Salamanca, Ávila e Toledo. Segui do Porto pela A29, subi a A25 até Vilar Formoso e daí em diante.

É impressionante a riqueza e civismo de Espanha. Já me custou mais dizer o que escrevi anteriormente, pois até recentemente era céptico quanto aos "Nuestros Hermanos", tendo em conta que históricamente já nos tentaram invadir algumas vezes. Alguns diriam que pena não terem conseguido, outros guardam com rancor essas mesmas tentativas que deixaram marcas culturais em Portugal. Mas é inevitável enaltecer que de facto são muito mais ricos, civilizados e respeitadores que nós portugueses. Têm um património gigantesco e lindíssimo, assim como um tesouro em peças incalculável; passei por ruas limpas, sem qualquer lixo; por onde entrei ouvi sempre primeiro "Olá que desejas?"; por onde guiei existia sempre ordem e cumpridores da lei da estrada... É impressionante como amam o seu país e património (e que património)... não vi um único monumento abandonado e estavam todos restaurados e visitáveis. Os que não estavam visitáveis é porque estavam em restauro.

Salamanca é espectacular, património enorme, igrejas e catedral espectaculares e a Plaza Mayor que nos deixa de boca aberta. Gente bonita e bem arranjada, alegres e come-se lindamente.

Ávila é mais pequena mas lindíssima e envolta por uma muralha (Tipo Marvão) onde nasceu Santa Teresa de Jesus, Mulher de grande inteligência e sabedoria e que foi proclamada Doutora da Igreja em 1970 pelo papa Paulo VI, como Mestra de espiritualidade. Vale a pena visitar.

Toledo, meu deus como dizer... na antiga capital de Espanha vi a mais espectacular catedral da minha vida. Praticamente vieram-me as lágrimas aos olhos. O espólio é qualquer coisa de.... sem palavras. Vi quadros de El Greco, Goya, Van Dyck, Tristán e Luca Giordano... Vestes de cardeais que datam do século XI. Construida entre 1226 e 1493 sobre a Igreja Santa Maria de Toledo (Construida em 578), com 26 Capelas e 5 museus lá dentro.... O resto da cidade é lindíssimo, diria que fundamental visitar.

E por cá...? por cá temos mais de 20 castelos e fortes abandonados, peças perdidas e partidas, igrejas mal tratadas, tudo resultado de sermos mais pobres e não só em dinheiro mas também de espírito que é a pior das pobrezas. Mal passei por Vilar Formoso no meu regresso notei logo a qualidade do asfalto, pior; notei logo a selvajaria da condução nacional (sem piscas e de qualquer maneira) e sempre pela esquerda; o lixo à beira das estradas... quase chorei de desgosto... disse quase, pois depois de um fim-de-semana intenso mas relaxante estive 2 horas a guiar irritado e tenso como não consigo explicar. Bastaram 2 horas para desfazer 3 dias e meio. Diriam algumas pessoas, "Não te deixes afectar!!!" como não? Afecta-me por saber estar ao alcance deste país mais e melhor, por não me resignar e aceitar a ideia de que nada há mais a fazer, porque ainda acredito (se calhar ingenuamente) que é possível re-educar País e gentes de Portugal, porque não posso acreditar que este país se resume a políticos que só se lembram dos últimos 100 anos da republica e ignoram séculos de história bem mais grandiosa que a dos últimos 100 anos. Quem ouviu a entrevista de Dom Duarte Pio de Bragança a 5 de Outubro na TVI? Quanta e tamanha razão tinha ele no que falou... que pena ter como representante um senhor que não sabe comer pão-de-ló, aprovador de casamentos gay e casado com uma mulher que não sabe dos protocolos a cumprir (após a inauguração do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, dedicado ao cancro e às neurociências, entrou no carro presidencial pela porta errada, mudou de sapatos dentro do carro e depois sai com sapatos mudados para entrar pela porta correcta... o que é isto???).

Posto isto em mais uma matéria de princípios.... VIVA O REI!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MARGEM DE ERRO

Desejo viver e poder viver com margem de erro. Não desejo a perfeição, apenas a margem de erro. Quero poder errar por teimosia ou coragem e aprender com esse mesmo erro. Quero sentir a pressão do erro eminente como forma de fazer tudo para não errar mas sabendo que o erro pode acontecer. Quero viver com margem de erro e ao faze-lo estou a viver sem medo, sem medo de arriscar e de andar em frente, sem medo de subir ou descer, sem medo. É nessa margem de erro e a na aceitação da possibilidade do mesmo que resulta a tolerancia , o perdão, a paz.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O MEU SPORTING

Devem perguntar os meus seguidores o porquê de estar a falar de desporto. É tudo uma questão de princípios. Posso falar de princípios de uma forma directa ou falando de casos que demonstram claramente ausência dos mesmos.

O meu Sporting:

A chama verde apaga-se a olhos vistos... Temos um presidente que parece uma "cotonete" (e gosta de deixar a claque fazer a apresentação de jogadores), um director desportivo que "apenas" sabe se vestir bem e "gosta" muito de veteranos (Nenhum deles comparável com André Cruz, João Pinto, Jardel e Acosta), e um treinador que "borra-se todo" a gerir um grande, e que considera o Polga (8 anos do SCP e apenas 2 golos) o central perfeito assim como o Postiga o grande ponta-de-lança e maniche o grande nº10. Acha que Daniel Carriço é trinco e que são todos muitos amigos. Faz dupla de centrais entre André Coelho e Daniel Carriço (Nenhum deles capitão de defesa) e não usa Tonel. Contrata Marco Torsiglieri (Central Argentino) por 3 milhões e não o usa, põe médios esquerdos à direita e médios direitos à esquerda e desculpa a derrota na ausência de Pedro Mendes... Não sabia que o Sporting era Pedro Mendes.

A acrescentar a tudo isto e toda esta desorganização e falta de estrutura o facto de nesta época de se terem esquecido de colocar uma clausula no contracto de venda de Moutinho (Contracto assinado entre o clube e o agente do mesmo, e que permitia o agente vender o jogador a partir de 11 milhões de euros) que evitasse a compra por qualquer clube nacional, e chamam-lhe maçã podre... Vendem Miguel Veloso por 9 milhões, valores de jogadores apenas bons quando na realidade são excelentes. Dispensam Adrien que era nada mais que o médio defensivo do futuro e substituto natural de Pedro Mendes. Temos Matias Fernandez já adaptado e pelos vistos não serve, Sinama Pongolle que está com 10kg a mais (Quem se lembra dele no Liverpool? (Era grande Jogador e muito mais magro), Zapater (Veio em troca na venda de Veloso) está à duas semanas no clube e querem que seja o médio de todos os tempos do clube, sem qualquer adaptação assim como Valdés. Sou eu ou há muita asneira aqui? E da formação do clube? Quem veio este ano? Estão a destruir o que de melhor foi feito em 2000 sob a gestão de José Roquette que nada percebia de futebol mas sabia qual o futuro do clube, e saneou a contas do mesmo (E isto não é puxar a brasa à minha sardinha, é mais que óbvio para quem quer ver e sabe). Depois, segundo dizem por aí, dele vieram grandes canhões da gestão... Segundo andaram por aí a dizer (Não me recordo quem) Dias da Cunha tinha uma amante que era prima da amante de Pinto da Costa (Não esquecer o facto de ter grandes dificuldades em comunicar e ter gerido uma empresa que foi à falência), Soares Franco (Anti Roquette) alienou terrenos do Sporting para uma empresa de construção civil em que o mesmo era gestor com funções suspensas por ser presidente do Sporting e agora esta "cotonete" que dizem ter sido um gestor de um banco... tantos exemplos de gestores de bancos que não percebem nada é o que mais há em Portugal... Pergunto outra-vez, sou eu ou há muita porcaria aqui... E meninos da bola do Sporting, sabem o que é o interior de uma rede duma baliza?

Dizendo á moda antiga: Apre... que chatice... que maçada.... estou mesmo aborrecido!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MAIS PRINCÍPIOS

Perante a crónica de Paulo Oom na ediçao desta 5ª feira do Jornal I, edição nº395, onde dá uma série de dicas em como preparar os nossos filhos a enfrentar as adversidades e se tornarem resilientes. Afirma que "não podemos limitar ao curto prazo o que fazemos e dizemos(...)". Pena é que são tudo conceitos "utópicos" sem qualquer aplicabilidade imediata e a médio prazo. Isto porque somos um País inculto e mal educado, mal preparado para enfrentar a grande maioria dos problemas. Somos um povo sem regras e quando as há, não as quermos cumprir e não as cumprimos na sua maioria. Somos um País de pais que na sua maioria se resignaram a educar e descartaram-se dessa responsabilidade para as escolas que por sua vez deixaram de ter qualquer autoridade sobre os alunos. Para complicar as coisas, vão acabar os chumbos, pelo que cada vez mais as crianças vão estar menos aptas e menos capacitadas para enfrentar qualquer adversidade ou problema, logo tornar-se-ão não resilientes.

Na mesma edição do Jornal I e sobre o artigo de opinião de Inês Serra Lopes (Acusada e ilibada da violação do segredo de justiça no caso Freeport), quero dizer que lhe dou toda a razão, tanta a razão que me tem vindo a habituar e a demonstrar o que devia ser o verdadeiro jornalismo; directo, consiso e sem segundas ou terceiras intensões. Queria acrescentar uma frase final ao seu texto sobre o caso Freeport, se José Socrates se aclama insistentemente inocente, devia ter a mesma revolta pela verdade que teve Leonor Beleza quando acusada no caso dos hemofílicos. Devia exigir ser questionado e inquirido. É isso o que as pessoas honestas fazem, revoltam-se pela verdade.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DESAMOR ARDENTE!

"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente (...)" Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Este ano, e apenas em Portugal, conta já com mais de 1000 fogos que se vêm, sentem-se e não são 1000 amores. São sim falta deles, falta de amor pelo País e pelo futuro. É inconcebível alegar que temos um organismo específico para o assunto, criado e pensado para a prevenção de fogos e reflorestação nacional, que já consumiu mais de 30 milhões de euros. A Comissão Nacional de Reflorestação, criada após as calamidades de 2005, com a missão de reflorestar as zonas ardidas e que segundo se sabe praticamente não cumpre os mínimos exigidos na reflorestação e já realizou inúmeros planos de actuação, que pouco serviram e muito dinheiro custaram.

Heróis, são os bombeiros todos os anos, voluntários, não pagos, morrem de graça e recorrem aos semáforos das cidades para pedir dinheiro e assim poderem pagar as suas despesas e manutenção da sua antiga e escassa frota. Em época de fogos, sobrevivem com apoios de empresas privadas, das quais a Sonae que contribui com milhares de águas todos os anos...

Haja respeito! Senhores do Governo.

sábado, 7 de agosto de 2010

ACABAR COM OS CHUMBOS?

AVISO (MUITO IMPORTANTE LÊR): O texto que se segue contém linguagem que pode ferir a susceptibilidade de alguns leitores, linguagem essa que resume vários sentimentos em uma, duas ou três palavrões e não aconselhável a menores de 30 anos. Fui e sou bem educado, no entanto a presente situação apocalíptica de Portugal exige-me tal linguagem. Como escreve Miguel Esteves Cardoso “(…)acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária!”.


ACABAR COM OS CHUMBOS? FODA-SE! PUTA QUE PARIU! MAS QUE MERDA É ESTA?

Estou eu semi-descansado da vida a pensar em todas as formas que ando a ser roubado pelo Governo Português. Atenção povo português, não digam Estado Português e sim Governo Português, pois Estado Português significa todos os Portugueses, ou seja, Património do Estado Português é igual a Património de todos os Portugueses; viatura do Estado Português é igual a viatura de todos os portugueses…etc. Logo, quando dizem por aí que o estado só tira e não dá “nada” estão a dizer que eu tiro e não dou nada? Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Que eu saiba, veja e sinta, dou muito e recebo muito pouco e como tal, solicito tento nas línguas burras de quem não pensa e não sabe.

Tudo isto porque aproveito as minhas férias para pôr a leitura em dia, que isto de trabalhar na minha área e na empresa onde estou é um grande consumidor de horas e disponibilidades (Em inglês “Time Consuming”), dando assim preferência por dois jornais: o Record - que é um diário desportivo de leitura básica, jornal normalmente mal escrito mas que nada exige ao meu cérebro e dá-me as tricas do futebol em apenas 20 minutos (desporto lindo mas muito mal tratado, aliás, quase tudo que é português é mal tratado pela maioria dos próprios e o que ainda está por mexer, mal tratado irá ser); e o jornal i – que é o único diário de direita existente em Portugal e um dos poucos que sobrevive ao “Polvo do Governo”, não - não é o mesmo polvo que foi acertando nos resultados do mundial findado, estando entre os igualmente sobreviventes SOL e PÚBLICO. Mantendo-me no i , que às vezes também me irrita com as noticiazinhas dos fatos dos bombeiros que chegam e não chegam, a casinha da senhora que caiu, o homem que após dois anos teve uma indemnização, que a Naomi testemunhou no tribunal de Haia por causa de uns diamantes de sangue, etc. e alguns clichés, é um jornal que para além de pensar em quem o lê, realmente pensar em quem o lê ( de uma dimensão ideal, agrafado, bem organizado e esquematizado, onde o posso ler ao sol, ao vento e em qualquer lugar excepto dentro de água como é óbvio) está muitas vezes em cima dos acontecimentos estruturais do país onde ainda vivo.

E um desses acontecimentos foi o da edição do i nº386 de 2 de Agosto de 2010, ao abordarem a temática dos chumbos! A Senhora Ministra da Educação quer acabar com os chumbos. Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Agora vamos para a linha da frente dos países que desenvolvem burros, idiotas, anormais, iletrados, seres sem capacidade de raciocínio, decisão, análise e resolução de problemas? Ou estamos perante um mega plano de estupidificação progressiva da população portuguesa para que mais impostos e roubos possam ser realizados pelos sucessivos Governos Socialistas que aí virão, incluindo Sócrates e Passos Coelho? Por favor, existe alguém com voz de peso que nos possa salvar desta loucura? Existe alguém que acredite na educação e na Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter - é a forma de governo baseado no mérito)? Existe aí alguém?... Como é possível que no meu país se faça tudo para estupidificar as massas e ninguém relevante se opõe? Estarão todos metidos no “Polvo do Governo”? Só podem… Cavaco Silva aprova a lei do “Casamento” dos Homosexuais dois dias após a vinda da sua Santidade a Portugal e homologando a lei com a palavra Casamento, palavra de origem cristã; Passos Coelho mal entra como líder do PSD dá a mão direita a Sócrates e quer fazer alterações à Constituição da República Portuguesa, todas menos as que realmente devia estar a fazer; Sócrates diz que está tudo óptimo e a ministra da EDUCAÇÃO que foi Alta Comissária para o Plano Nacional de Leitura quer acabar com os chumbos… OUTRA VEZ… Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Isto significa que daqui a 10 anos, eu vou competir com broncos, estúpidos e iletrados. Perguntam… Competir? SIM digo eu, competir, porque eu que tenho capacidade analítica, eu que raciocino, que tenho opinião fundamentada, que resolvo os problemas que me aparecem à frente e que acredito na meritocracia serei mais caro para qualquer empresa que os broncos e estúpidos que aí virão e ficaram contentes com 500€ mês, algo que já existe com fartura…

Desde quando o chumbo faz mal? Nessa mesma edição do i vieram inúmeros exemplos de figuras com relevo que já chumbaram, entre os quais o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo que foi chumbado sem qualquer culpa por incompetência de um professor, e o mesmo recuperou esse ano e os 3 anos seguintes em apenas 3 anos. Tenho a certeza que só o tornou mais forte (mesmo que revoltado) e ciente dos seus princípios e que teve um impacto positivo na formação da pessoa que é hoje e consequentemente no império que tem hoje? E são muitos outros exemplos como Cavaco Silva, Vitorino Nemésio, Daniel Sampaio, Ricardo Costa e Patrícia Vasconcelos. Eu também chumbei, duas vezes. A primeira foi na 2ª classe (Em colégio de Freiras) por recomendação e decisão dos meus próprios pais, talvez achassem que brincava demais e era criativo demais, e assim quiseram que tivesse uma base mais forte. Assim foi, e ao contrário do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo não fiz os restantes 3 anos em 2. A 2ª foi no 10º ano, e porquê? Porque na primeira vez que escolhi a área de economia foi somente para fugir a Física, Química e Francês, e como tal correu mal, eu estava num lugar pelas razões erradas, estava a fugir de 3 coisas e não estava lá por vocação muito embora soubesse desde os meus 13 anos o que queria ser, Publicitário. Chumbei e muito bem chumbado, acordou-me para a vida e fez-me pensar no que realmente queria e assim foi, voltei a matricular-me na área de economia (Para espanto de muitos) mas pela razão certa, era por essa área que podia chegar onde queria. Devo dizer sem modéstias, que daí em diante as notas foram praticamente todas de 14 valores para cima até ao fim da minha licenciatura em Engenharia Publicitária. Sou o que sou hoje, esclarecido, graças a um chumbo fundamental, o 10º ano. Chumbar faz pensar na vida, nas prioridades, no que aconteceu de errado, no que há a melhorar, ou seja, ajuda no desenvolvimento de capacidades de raciocínio, resolução de problemas e apresentação de soluções. No fundo, ajuda na formação e carácter de um indivídio, e porquê? Por ensina que em meritocracia vence quem merece, e quem não mereceu tem que fazer por merecer. Foi o que fiz.

Acabar com os chumbos? Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta?

Martim Roquette Durão

terça-feira, 27 de julho de 2010

Estado de Condução

No geral guiamos mal, uns bem mas muitos mal. Não consigo deixar de estabelecer uma ligação entre a ausência de civismo na estrada e a gestão sem rumo nem piscas deste governo. É impressionante a semelhança... na estrada, a quantidade de condutores que passam semáforos vermelhos, não param nos Stop, não fazem piscas (deve ser eventualmente um extra que vem com os automóveis), não dão prioridade e ainda insultam quem os alerta (Via buzina, que no código indica para ser usada somente em caso de perigo eminente), igual a um governo que não pára quando há sinais de rotura, de falência, não avisa e nem sabe para que lado vai e muito menos tem prioridades assertivas. Um governo que vira para a "esquerda" sem pisca e vangloriam-se de que a manobra foi excelente e que tudo está a correr bem.

Serão a maioria dos condutores portugueses reflexo de um governo mal dirigido ou um governo reflexo do seu povo? Na minha opinião, claramente o povo como reflexo dos seu governantes.

Escrevi em cima esquerda entre aspas, pois acredito que já não existe nem esquerda nem direita em Portugal. Talvez por isso não conseguimos ter rumo certo e consistente. Existe sim um enorme grupo de pessoas que se dizem ser Centristas... Pergunto: O que é o centro? Numa esfera sei qual é o centro, assim como num campo de futebol ou qualquer outra figura que represente um determinado espaço ou área. Também sei que se quero marcar um golo, tenho de sair do centro, pois o mesmo não me leva a lado nenhum...

Não, não sou extremista, mas sei que o bem só existe se existir o mal, a energia positiva se existir a negativa e, que o universo é uma grande balança de equilíbrios.

Para termos rumo, temos de recuperar os dois pólos de força política, uma esquerda assumida assim como uma direita igualmente assumida. Deixem-se de denominar centristas e optem por um lado de acordo com as vossas convicções e sabendo que qualquer um dos lados tem pontos positivos e pontos negativos... é isso o equilíbrio.

Estamos a passos largos a caminhar para uma política sem ideologia, fundamental na construção do que somos hoje e fundamental para o que seremos amanhã.

De uma forma abrangente, muito abrangente, peço... ACREDITEM EM....



domingo, 25 de julho de 2010

O meu primeiro post.

O meu primeiro post num blogue que se apresenta como uma crítica aos comportamentos da minha geração e da geração seguinte. Faço 35 anos daqui a 2 semanas, e disseram-me que eu era da geração RASCA e que a geração seguinte era a geração ARRASCA... pergunto eu quem é que classifica um grupo de pessoas assim? Tenho a sensação que são as mesmas pessoas que abdicaram do seu direito/obrigação de educar, vigiar e direccionar... são as mesmas pessoas que se esqueceram que o mundo é rodeado de mais pessoas e que o centro do mesmo não está nelas. Como é que quem classificou a minha geração e a seguinte não percebeu que ao me chamar rasca, está simultaneamente a chamar-se rasca? Sim, rasca, porque só um rasca é que abdica dos seu direitos e obrigações de educar, chamar a atenção, relembrar de como devem as coisas ser feitas. Há muitos problemas na minha geração, que sobrevive a um deserto amoral e sem valores apenas pela sua vontade de absorver informação e fruto de um auto-desenvolvimento da inteligencia. Não somos todos "Rascas", eu tive sorte, mas muitos não a tiveram e estão aí como vira-latas...