terça-feira, 27 de julho de 2010

Estado de Condução

No geral guiamos mal, uns bem mas muitos mal. Não consigo deixar de estabelecer uma ligação entre a ausência de civismo na estrada e a gestão sem rumo nem piscas deste governo. É impressionante a semelhança... na estrada, a quantidade de condutores que passam semáforos vermelhos, não param nos Stop, não fazem piscas (deve ser eventualmente um extra que vem com os automóveis), não dão prioridade e ainda insultam quem os alerta (Via buzina, que no código indica para ser usada somente em caso de perigo eminente), igual a um governo que não pára quando há sinais de rotura, de falência, não avisa e nem sabe para que lado vai e muito menos tem prioridades assertivas. Um governo que vira para a "esquerda" sem pisca e vangloriam-se de que a manobra foi excelente e que tudo está a correr bem.

Serão a maioria dos condutores portugueses reflexo de um governo mal dirigido ou um governo reflexo do seu povo? Na minha opinião, claramente o povo como reflexo dos seu governantes.

Escrevi em cima esquerda entre aspas, pois acredito que já não existe nem esquerda nem direita em Portugal. Talvez por isso não conseguimos ter rumo certo e consistente. Existe sim um enorme grupo de pessoas que se dizem ser Centristas... Pergunto: O que é o centro? Numa esfera sei qual é o centro, assim como num campo de futebol ou qualquer outra figura que represente um determinado espaço ou área. Também sei que se quero marcar um golo, tenho de sair do centro, pois o mesmo não me leva a lado nenhum...

Não, não sou extremista, mas sei que o bem só existe se existir o mal, a energia positiva se existir a negativa e, que o universo é uma grande balança de equilíbrios.

Para termos rumo, temos de recuperar os dois pólos de força política, uma esquerda assumida assim como uma direita igualmente assumida. Deixem-se de denominar centristas e optem por um lado de acordo com as vossas convicções e sabendo que qualquer um dos lados tem pontos positivos e pontos negativos... é isso o equilíbrio.

Estamos a passos largos a caminhar para uma política sem ideologia, fundamental na construção do que somos hoje e fundamental para o que seremos amanhã.

De uma forma abrangente, muito abrangente, peço... ACREDITEM EM....



3 comentários:

  1. Caro Martim,

    Parabéns pelo Blog, tenho acompanhado e parece-me que brevemente a sociedade Portuguesa vai acordar e reagir á falta de direcção, valores, ideologias e morais neste momento quase inexistentes. Como tu sou um positivista e acredito do fundo do coração no nosso Povo, na nossa história e na nossa raça, não passará muito mais tempo para as coisas mudarem. A direita e a esquerda existe e está por aí, pena é alguns indivíduos terem "medo" das represálias dos grupos económicos, da Europa Federalista e dos BilderBergs que andam pelo meio de nós,mas importante também é dizer que tudo isto começou faz algum tempo, não neste governo mas na época das Abriladas, altura em que o nosso território começou a ser gerido por meros interesseiros e por favor não me chamem de reaccionário ou de querer que o tempo do outro Sr. volte.
    Um grande abraço
    Bruno Gil

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  2. Bruno:

    Reaccionário nunca, a diferença é que a maioria está-se nas "tintas" e sem qualquer rumo ou crença. São pessoas que ficaram amorfas e seguem a vida de uma forma deambulante. Quando dizemos isso, reagem furiosamente ou desdenha-mente classificando-nos ou de utópicos ou de reaccionários ou até extremistas. Tu como muitos que felizmente conheço e eu, recusamos ser amorfos e de andar à deriva. Acreditamos e queremos melhor, e não mais. Queremos o justo ou o certo e nada que seja adquirido, acreditamos na méritocracia e na capacidade do trabalho. Acreditamos na honra de quem acredita e não desiste.

    Um grande abraço
    Martim

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  3. MARTIM

    Cá estou !
    Apreciei muito o que escreves nesta resposta ao comentário do BRUNO GIL, a quem também felicito.

    Abraços, pois,

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