sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O MEU SPORTING

Devem perguntar os meus seguidores o porquê de estar a falar de desporto. É tudo uma questão de princípios. Posso falar de princípios de uma forma directa ou falando de casos que demonstram claramente ausência dos mesmos.

O meu Sporting:

A chama verde apaga-se a olhos vistos... Temos um presidente que parece uma "cotonete" (e gosta de deixar a claque fazer a apresentação de jogadores), um director desportivo que "apenas" sabe se vestir bem e "gosta" muito de veteranos (Nenhum deles comparável com André Cruz, João Pinto, Jardel e Acosta), e um treinador que "borra-se todo" a gerir um grande, e que considera o Polga (8 anos do SCP e apenas 2 golos) o central perfeito assim como o Postiga o grande ponta-de-lança e maniche o grande nº10. Acha que Daniel Carriço é trinco e que são todos muitos amigos. Faz dupla de centrais entre André Coelho e Daniel Carriço (Nenhum deles capitão de defesa) e não usa Tonel. Contrata Marco Torsiglieri (Central Argentino) por 3 milhões e não o usa, põe médios esquerdos à direita e médios direitos à esquerda e desculpa a derrota na ausência de Pedro Mendes... Não sabia que o Sporting era Pedro Mendes.

A acrescentar a tudo isto e toda esta desorganização e falta de estrutura o facto de nesta época de se terem esquecido de colocar uma clausula no contracto de venda de Moutinho (Contracto assinado entre o clube e o agente do mesmo, e que permitia o agente vender o jogador a partir de 11 milhões de euros) que evitasse a compra por qualquer clube nacional, e chamam-lhe maçã podre... Vendem Miguel Veloso por 9 milhões, valores de jogadores apenas bons quando na realidade são excelentes. Dispensam Adrien que era nada mais que o médio defensivo do futuro e substituto natural de Pedro Mendes. Temos Matias Fernandez já adaptado e pelos vistos não serve, Sinama Pongolle que está com 10kg a mais (Quem se lembra dele no Liverpool? (Era grande Jogador e muito mais magro), Zapater (Veio em troca na venda de Veloso) está à duas semanas no clube e querem que seja o médio de todos os tempos do clube, sem qualquer adaptação assim como Valdés. Sou eu ou há muita asneira aqui? E da formação do clube? Quem veio este ano? Estão a destruir o que de melhor foi feito em 2000 sob a gestão de José Roquette que nada percebia de futebol mas sabia qual o futuro do clube, e saneou a contas do mesmo (E isto não é puxar a brasa à minha sardinha, é mais que óbvio para quem quer ver e sabe). Depois, segundo dizem por aí, dele vieram grandes canhões da gestão... Segundo andaram por aí a dizer (Não me recordo quem) Dias da Cunha tinha uma amante que era prima da amante de Pinto da Costa (Não esquecer o facto de ter grandes dificuldades em comunicar e ter gerido uma empresa que foi à falência), Soares Franco (Anti Roquette) alienou terrenos do Sporting para uma empresa de construção civil em que o mesmo era gestor com funções suspensas por ser presidente do Sporting e agora esta "cotonete" que dizem ter sido um gestor de um banco... tantos exemplos de gestores de bancos que não percebem nada é o que mais há em Portugal... Pergunto outra-vez, sou eu ou há muita porcaria aqui... E meninos da bola do Sporting, sabem o que é o interior de uma rede duma baliza?

Dizendo á moda antiga: Apre... que chatice... que maçada.... estou mesmo aborrecido!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MAIS PRINCÍPIOS

Perante a crónica de Paulo Oom na ediçao desta 5ª feira do Jornal I, edição nº395, onde dá uma série de dicas em como preparar os nossos filhos a enfrentar as adversidades e se tornarem resilientes. Afirma que "não podemos limitar ao curto prazo o que fazemos e dizemos(...)". Pena é que são tudo conceitos "utópicos" sem qualquer aplicabilidade imediata e a médio prazo. Isto porque somos um País inculto e mal educado, mal preparado para enfrentar a grande maioria dos problemas. Somos um povo sem regras e quando as há, não as quermos cumprir e não as cumprimos na sua maioria. Somos um País de pais que na sua maioria se resignaram a educar e descartaram-se dessa responsabilidade para as escolas que por sua vez deixaram de ter qualquer autoridade sobre os alunos. Para complicar as coisas, vão acabar os chumbos, pelo que cada vez mais as crianças vão estar menos aptas e menos capacitadas para enfrentar qualquer adversidade ou problema, logo tornar-se-ão não resilientes.

Na mesma edição do Jornal I e sobre o artigo de opinião de Inês Serra Lopes (Acusada e ilibada da violação do segredo de justiça no caso Freeport), quero dizer que lhe dou toda a razão, tanta a razão que me tem vindo a habituar e a demonstrar o que devia ser o verdadeiro jornalismo; directo, consiso e sem segundas ou terceiras intensões. Queria acrescentar uma frase final ao seu texto sobre o caso Freeport, se José Socrates se aclama insistentemente inocente, devia ter a mesma revolta pela verdade que teve Leonor Beleza quando acusada no caso dos hemofílicos. Devia exigir ser questionado e inquirido. É isso o que as pessoas honestas fazem, revoltam-se pela verdade.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DESAMOR ARDENTE!

"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente (...)" Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Este ano, e apenas em Portugal, conta já com mais de 1000 fogos que se vêm, sentem-se e não são 1000 amores. São sim falta deles, falta de amor pelo País e pelo futuro. É inconcebível alegar que temos um organismo específico para o assunto, criado e pensado para a prevenção de fogos e reflorestação nacional, que já consumiu mais de 30 milhões de euros. A Comissão Nacional de Reflorestação, criada após as calamidades de 2005, com a missão de reflorestar as zonas ardidas e que segundo se sabe praticamente não cumpre os mínimos exigidos na reflorestação e já realizou inúmeros planos de actuação, que pouco serviram e muito dinheiro custaram.

Heróis, são os bombeiros todos os anos, voluntários, não pagos, morrem de graça e recorrem aos semáforos das cidades para pedir dinheiro e assim poderem pagar as suas despesas e manutenção da sua antiga e escassa frota. Em época de fogos, sobrevivem com apoios de empresas privadas, das quais a Sonae que contribui com milhares de águas todos os anos...

Haja respeito! Senhores do Governo.

sábado, 7 de agosto de 2010

ACABAR COM OS CHUMBOS?

AVISO (MUITO IMPORTANTE LÊR): O texto que se segue contém linguagem que pode ferir a susceptibilidade de alguns leitores, linguagem essa que resume vários sentimentos em uma, duas ou três palavrões e não aconselhável a menores de 30 anos. Fui e sou bem educado, no entanto a presente situação apocalíptica de Portugal exige-me tal linguagem. Como escreve Miguel Esteves Cardoso “(…)acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária!”.


ACABAR COM OS CHUMBOS? FODA-SE! PUTA QUE PARIU! MAS QUE MERDA É ESTA?

Estou eu semi-descansado da vida a pensar em todas as formas que ando a ser roubado pelo Governo Português. Atenção povo português, não digam Estado Português e sim Governo Português, pois Estado Português significa todos os Portugueses, ou seja, Património do Estado Português é igual a Património de todos os Portugueses; viatura do Estado Português é igual a viatura de todos os portugueses…etc. Logo, quando dizem por aí que o estado só tira e não dá “nada” estão a dizer que eu tiro e não dou nada? Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Que eu saiba, veja e sinta, dou muito e recebo muito pouco e como tal, solicito tento nas línguas burras de quem não pensa e não sabe.

Tudo isto porque aproveito as minhas férias para pôr a leitura em dia, que isto de trabalhar na minha área e na empresa onde estou é um grande consumidor de horas e disponibilidades (Em inglês “Time Consuming”), dando assim preferência por dois jornais: o Record - que é um diário desportivo de leitura básica, jornal normalmente mal escrito mas que nada exige ao meu cérebro e dá-me as tricas do futebol em apenas 20 minutos (desporto lindo mas muito mal tratado, aliás, quase tudo que é português é mal tratado pela maioria dos próprios e o que ainda está por mexer, mal tratado irá ser); e o jornal i – que é o único diário de direita existente em Portugal e um dos poucos que sobrevive ao “Polvo do Governo”, não - não é o mesmo polvo que foi acertando nos resultados do mundial findado, estando entre os igualmente sobreviventes SOL e PÚBLICO. Mantendo-me no i , que às vezes também me irrita com as noticiazinhas dos fatos dos bombeiros que chegam e não chegam, a casinha da senhora que caiu, o homem que após dois anos teve uma indemnização, que a Naomi testemunhou no tribunal de Haia por causa de uns diamantes de sangue, etc. e alguns clichés, é um jornal que para além de pensar em quem o lê, realmente pensar em quem o lê ( de uma dimensão ideal, agrafado, bem organizado e esquematizado, onde o posso ler ao sol, ao vento e em qualquer lugar excepto dentro de água como é óbvio) está muitas vezes em cima dos acontecimentos estruturais do país onde ainda vivo.

E um desses acontecimentos foi o da edição do i nº386 de 2 de Agosto de 2010, ao abordarem a temática dos chumbos! A Senhora Ministra da Educação quer acabar com os chumbos. Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Agora vamos para a linha da frente dos países que desenvolvem burros, idiotas, anormais, iletrados, seres sem capacidade de raciocínio, decisão, análise e resolução de problemas? Ou estamos perante um mega plano de estupidificação progressiva da população portuguesa para que mais impostos e roubos possam ser realizados pelos sucessivos Governos Socialistas que aí virão, incluindo Sócrates e Passos Coelho? Por favor, existe alguém com voz de peso que nos possa salvar desta loucura? Existe alguém que acredite na educação e na Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter - é a forma de governo baseado no mérito)? Existe aí alguém?... Como é possível que no meu país se faça tudo para estupidificar as massas e ninguém relevante se opõe? Estarão todos metidos no “Polvo do Governo”? Só podem… Cavaco Silva aprova a lei do “Casamento” dos Homosexuais dois dias após a vinda da sua Santidade a Portugal e homologando a lei com a palavra Casamento, palavra de origem cristã; Passos Coelho mal entra como líder do PSD dá a mão direita a Sócrates e quer fazer alterações à Constituição da República Portuguesa, todas menos as que realmente devia estar a fazer; Sócrates diz que está tudo óptimo e a ministra da EDUCAÇÃO que foi Alta Comissária para o Plano Nacional de Leitura quer acabar com os chumbos… OUTRA VEZ… Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta? Isto significa que daqui a 10 anos, eu vou competir com broncos, estúpidos e iletrados. Perguntam… Competir? SIM digo eu, competir, porque eu que tenho capacidade analítica, eu que raciocino, que tenho opinião fundamentada, que resolvo os problemas que me aparecem à frente e que acredito na meritocracia serei mais caro para qualquer empresa que os broncos e estúpidos que aí virão e ficaram contentes com 500€ mês, algo que já existe com fartura…

Desde quando o chumbo faz mal? Nessa mesma edição do i vieram inúmeros exemplos de figuras com relevo que já chumbaram, entre os quais o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo que foi chumbado sem qualquer culpa por incompetência de um professor, e o mesmo recuperou esse ano e os 3 anos seguintes em apenas 3 anos. Tenho a certeza que só o tornou mais forte (mesmo que revoltado) e ciente dos seus princípios e que teve um impacto positivo na formação da pessoa que é hoje e consequentemente no império que tem hoje? E são muitos outros exemplos como Cavaco Silva, Vitorino Nemésio, Daniel Sampaio, Ricardo Costa e Patrícia Vasconcelos. Eu também chumbei, duas vezes. A primeira foi na 2ª classe (Em colégio de Freiras) por recomendação e decisão dos meus próprios pais, talvez achassem que brincava demais e era criativo demais, e assim quiseram que tivesse uma base mais forte. Assim foi, e ao contrário do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo não fiz os restantes 3 anos em 2. A 2ª foi no 10º ano, e porquê? Porque na primeira vez que escolhi a área de economia foi somente para fugir a Física, Química e Francês, e como tal correu mal, eu estava num lugar pelas razões erradas, estava a fugir de 3 coisas e não estava lá por vocação muito embora soubesse desde os meus 13 anos o que queria ser, Publicitário. Chumbei e muito bem chumbado, acordou-me para a vida e fez-me pensar no que realmente queria e assim foi, voltei a matricular-me na área de economia (Para espanto de muitos) mas pela razão certa, era por essa área que podia chegar onde queria. Devo dizer sem modéstias, que daí em diante as notas foram praticamente todas de 14 valores para cima até ao fim da minha licenciatura em Engenharia Publicitária. Sou o que sou hoje, esclarecido, graças a um chumbo fundamental, o 10º ano. Chumbar faz pensar na vida, nas prioridades, no que aconteceu de errado, no que há a melhorar, ou seja, ajuda no desenvolvimento de capacidades de raciocínio, resolução de problemas e apresentação de soluções. No fundo, ajuda na formação e carácter de um indivídio, e porquê? Por ensina que em meritocracia vence quem merece, e quem não mereceu tem que fazer por merecer. Foi o que fiz.

Acabar com os chumbos? Foda-se! Puta que pariu! Mas que merda é esta?

Martim Roquette Durão